segunda-feira, 22 de agosto de 2011

História da Cooperativa de Macuco

O  NOVO  CICLO    DO   LEITE




                                   No terceiro decênio do século XX  apesar da violenta queda  da cultura do café, causada pelo baixo valor do produto no mercado, o que abalou sobre maneira  toda a região, vindo a despovoar  as zonas rurais dos municípios  e quiçá das localidades, sobre veio , em meio as turbulências  na economia rural do país, a chegada,  bem vinda , bem promissora,  de uma nova era para Macuco: a   produção leiteira.

                                    O café era a atividade rural mais desenvolvida, principalmente pelos imigrantes italianos. A desvalorização  no preço do café no Brasil, mais a atitude de destruição das lavouras, patrocinada pelo Governo Federal, ensejou a modificação da caracterização produtiva rural, crescendo a atividade de pecuária , com proeminente  acionamento  da leiteira, que perdura com alta e crescente produção até os dias de hoje.

                                   No ano de 1939 foi criada a Cooperativa de Macuco pelos fazendeiros de Macuco e de outras regiões. A firmeza daqueles produtores nos ideais disciplinados na tese do cooperativismo, no espírito de um por todos e todos por um, dispostos a enfrentar os desafios da empreitada. Obstinados, iniciaram a tarefa de erguer a noviça empresa de laticínios com promessa de enorme ramificação regional e reconhecimento no Estado do Rio de Janeiro e em diversos pontos do país. A Cooperativa de Macuco aos pouco foi substituindo as chamadas  congelações de leite, melhor explicando, eram os depósitos de resfriamento de leite. A Cooperativa de Laticínios de Macuco adquire em 1941 a Fazenda da Glória e, também, a Usina de Eletricidade .       
                                   
                                    A Cooperativa de Laticínios de Macuco adquiriu as cotas partes da Empresa de Energia Elétrica de Macuco. Transferida, assim, à Cooperativa, a concessão de todas as suas incumbências contratadas, obrigações e ônus que lhe foram concedidos pelo Governo Federal.
                                     
                                    A Cooperativa de Laticínios de Macuco, assumindo a propriedade da Empresa de Energia Elétrica de Macuco, detinha, então, a produção ou geração da dita energia e, também, a sua distribuição para toda a Vila de Macuco.
                                      



Os eméritos fundadores da Cooperativa foram os pecuaristas Carlos Badini Junior, João Batista Lengruber, João Baptista Daflon, Manoel Gonçalves Ferraz, Eugenio Montechiari, Julio Badini, Luiz Antonio Teixeira, Marcilio Teixeira de Carvalho, Luiz Marini, Antonio Marini, Carlos Badini, Clarimundo Vieira da Silva, Firmo Daflon Filho, José Lengruber, Silvio Schmidt Barbosa, Cid Tavares, Hugo Tavares, Eduardo Teixeira de Carvalho, Gumercindo Jevoux, Altair Rodrigues Queiroz e Antonio Duarte.
                                        Os primeiros destemidos dirigentes foram assim votados: Presidente, João Baptista Lengruber; Vice-Presidente; Eduardo Teixeira de Carvalho; Secretário, Carlos Badini Junior; Gumercindo Jevoux para Diretor Comercial; Conselho Fiscal: José Lengruber, Marcilio Teixeira da Carvalho e Luiz Antonio Teixeira; Suplentes: Clarimundo Vieira da Silva, Antonio Duarte, Julio Badini.

                                       A Companhia  de Energia Elétrica do Estado do Rio de Janeiro, no ano de 1960, assumiu a distribuição da energia elétrica, quando Governador do Estado do Rio o jovem Dr. Roberto Silveira. O Governador, cumprindo promessa ao povo de Macuco, mandou para Macuco o Coronel Emigdio Maia Santos,  com a determinação de instalar  e distribuir  a sonhada  e desejada energia elétrica. Foi  construída a rede de cabos até a Usina de Eletricidade do Rio Negro com a ajuda da população, dos fazendeiros fornecendo juntas de bois e alimentação, inclusive, para os trabalhadores. Em noite de grande festa foi inaugurada  a nova distribuição de energia elétrica. Estavam presentes o Governador do Estado Dr. Roberto Silveira, os Secretários  de Estado, o Prefeito Municipal de Cordeiro,Dr Adhyr Vaia de Abreu, o Vice-Prefeito Carlos Gilson Boaretto,  o Coronel Emigdio Maia Santos, os Vereadores Sebastião Lima, Orlando Faria, Luiz Carlos de Carvalho, Manoel Guimarães Duarte, Alfredo Mansur, Antenor Feijó Costa, Dr. Alberto Thomaz  Junior, José Geraldo Serpa, Nelson Pereira Carvalho, Alvino Castro Souza, Nelson Gonçalves e Pedro Guimarães Duarte, entre efetivos e suplentes. Grande destaque nas festividades foi  o desfile escolar noturno  do Ginásio Cordeirense, dirigido pelo Professor Ítalo Mileno Lopes e Prof. Adelaide Lopes e , também, do brilhante desfile        do     novato Ginásio Miguel Couto, de Macuco. A cidade recebeu nova rede de distribuição de energia elétrica com postes de madeira, fiação de baixa e alta voltagem, novas. lâmpadas modernas e de intensa luminosidade. O povo de Macuco, depois de longos e penosos anos, por fim, reencontrou-se, com a energia elétrica, ao alcance de todos e com a voltagem necessária, constante, normalizada. Terminava, naquela ocasião, uma década de impedimento ao progresso da terra e da gente macuquense. Resistência era a força animadora  que alimentava a esperança , por fim alcançada.                                            



                                        As propriedades  rurais de Macuco, em 1 de setembro de 1920,   devido a  importância preponderante  nos negócios  agrícolas, o elevado número de trabalhadores  no campo, a permanência das famílias nas fazendas, a diversidade  de produtos  produzidos e comercializados, vida social, religiosa, comercial, semi-industrial muito ativas, ensejou a iniciativa e foram recenseadas pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio:



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