O NOVO CICLO DO LEITE
No terceiro decênio do século XX apesar da violenta queda da cultura do café, causada pelo baixo valor do produto no mercado, o que abalou sobre maneira toda a região, vindo a despovoar as zonas rurais dos municípios e quiçá das localidades, sobre veio , em meio as turbulências na economia rural do país, a chegada, bem vinda , bem promissora, de uma nova era para Macuco: a produção leiteira.
O café era a atividade rural mais desenvolvida, principalmente pelos imigrantes italianos. A desvalorização no preço do café no Brasil, mais a atitude de destruição das lavouras, patrocinada pelo Governo Federal, ensejou a modificação da caracterização produtiva rural, crescendo a atividade de pecuária , com proeminente acionamento da leiteira, que perdura com alta e crescente produção até os dias de hoje.
No ano de 1939 foi criada a Cooperativa de Macuco pelos fazendeiros de Macuco e de outras regiões. A firmeza daqueles produtores nos ideais disciplinados na tese do cooperativismo, no espírito de um por todos e todos por um, dispostos a enfrentar os desafios da empreitada. Obstinados, iniciaram a tarefa de erguer a noviça empresa de laticínios com promessa de enorme ramificação regional e reconhecimento no Estado do Rio de Janeiro e em diversos pontos do país. A Cooperativa de Macuco aos pouco foi substituindo as chamadas congelações de leite, melhor explicando, eram os depósitos de resfriamento de leite. A Cooperativa de Laticínios de Macuco adquire em 1941 a Fazenda da Glória e, também, a Usina de Eletricidade .
A Cooperativa de Laticínios de Macuco adquiriu as cotas partes da Empresa de Energia Elétrica de Macuco. Transferida, assim, à Cooperativa, a concessão de todas as suas incumbências contratadas, obrigações e ônus que lhe foram concedidos pelo Governo Federal.
A Cooperativa de Laticínios de Macuco, assumindo a propriedade da Empresa de Energia Elétrica de Macuco, detinha, então, a produção ou geração da dita energia e, também, a sua distribuição para toda a Vila de Macuco.
Os eméritos fundadores da Cooperativa foram os pecuaristas Carlos Badini Junior, João Batista Lengruber, João Baptista Daflon, Manoel Gonçalves Ferraz, Eugenio Montechiari, Julio Badini, Luiz Antonio Teixeira, Marcilio Teixeira de Carvalho, Luiz Marini, Antonio Marini, Carlos Badini, Clarimundo Vieira da Silva, Firmo Daflon Filho, José Lengruber, Silvio Schmidt Barbosa, Cid Tavares, Hugo Tavares, Eduardo Teixeira de Carvalho, Gumercindo Jevoux, Altair Rodrigues Queiroz e Antonio Duarte.
Os primeiros destemidos dirigentes foram assim votados: Presidente, João Baptista Lengruber; Vice-Presidente; Eduardo Teixeira de Carvalho; Secretário, Carlos Badini Junior; Gumercindo Jevoux para Diretor Comercial; Conselho Fiscal: José Lengruber, Marcilio Teixeira da Carvalho e Luiz Antonio Teixeira; Suplentes: Clarimundo Vieira da Silva, Antonio Duarte, Julio Badini.
As propriedades rurais de Macuco, em 1 de setembro de 1920, devido a importância preponderante nos negócios agrícolas, o elevado número de trabalhadores no campo, a permanência das famílias nas fazendas, a diversidade de produtos produzidos e comercializados, vida social, religiosa, comercial, semi-industrial muito ativas, ensejou a iniciativa e foram recenseadas pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio:
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